Quando descobri que estava grávida, comecei a pesquisar na internet tudo que existia sobre parto, hospitais, gravidez, e etc. Antes de ficar grávida, sempre dizia que queria ter filho com cezarea, pois não queria sentir dor, que não tinha motivo para passar por isso, se podia ser feito tudo com data marcada, e indolor.
A partir do momento em que comecei a ler sobre parto natural e os benefícios para o bebê e mãe, comecei a me interessar pelo assunto.
Através de alguns sites descobri a Casa de Parto. Na primeira vez que li achei que era loucura ter bebê em um lugar sem médicos, sem UTI, sem anestesia, só com vc, seu corpo, seu bebê, as enfermeiras obstetras, a cara e a coragem. Mas através de alguns relatos de parto que li fui percebendo que não era tanta loucura assim.
Minha primeira visita à uma casa de parto foi na Casa de Maria, no Itaim Paulista. Fui com meus pais e meu marido em um sábado, estava com 36 semanas. Mas o local era tão longe que não tinha como ir até lá em pleno trabalho de parto. Além do fato de que, quando entrei no local, não conseguia sentir que seria lá, parecia que tinha alguma coisa faltando.
Então, resolvi que queria conhecer a Casa de Parto Sapopemba. E foi isso que eu fiz, um certo dia fui levar o Diego no trabalho e de lá resolvi que queria conhecer a Casa de Parto e fui sozinha para lá. Estava então com 37 semanas, e quando entrei lá senti que aquele era o local certo para ter minha filha. Fui super bem recebida, me explicaram tudo e agendei a primeira consulta.
Quando chegou o dia da primeira consulta, estava com 38 semanas e foi ótimo. Minha mãe me acompanhou e perguntamos tudo o quq queríamos. A Thais, enfermeira obstetra nos atendeu, fizemos um exame chamado cardiotoco pra ver as contrações e o batimento cardiaco do bebê, estava tudo otimo. Verificaram meus exames e me perguntaram varias coisas para avalia se realmente eu estava com tudo certo para conseguir ter meu parto lá.
Finalmente, depois de uma hora de conversa super agradavel abriram meu plano de parto, estava tudo certo e eu deveria voltar dentro de uma semana caso não acontecesse nada incomum. (Estava com 38, ou quase 37 pelo ultrassom, então podia demorar bastante para nascer)
Saí de lá super satisfeira, pois o atendimento é algo fora do comum, nunca fui tão bem tratada,todas as minhas dúvidas foram respondidas (a cada 5 minutos me perguntavam se eu tinha alguma pergunta, desde a primeira consulta até a alta após o parto), minha mãe estava mais confiante também e fomos para casa.
Depois de uma semana voltamos para a consulta e repetimos o cardiotoco, mas nenhuma novidade. Dessa vez quem me acompanhou foi minha irmã a Talita. Tudo tranquilo e voltamos para casa aguardar alguma novidade, caso contrario agendamos outra consulta para uma semana.
No dia 31/08 retornamos, era a data prevista para o parto segundo a data da última menstruação, e fizeram um exame de toque. Estava com 1,5 cm de dilatação e líquido amniotico normal. A enfermeira perguntou ao Diego se ele queria ver a cabecinha do bebê e ele saiu da consulta todo contente que tinha visto o bebê e que tinha cabelinho, segundo ele, com gel hehe. Mas como estava tudo normal, voltamos para casa, eu, meus pais e o Diego aguardar qualquer novidade.
Essas foram toda as consultas que tive, voltei depois no dia 02/09 com dores e o resto da história vocês podem acompanhar no meu relato de parto.
Não me arrependo nenhum segundo de minha decisão de ter um parto o mais natural possível para minha bebê poder nascer super saudável e no momento em que ela quis nascer. Nada como respeitar a vida e a natureza. E não podia ter escolhido lugar melhor para o primeiro encontro com essa pequena tão linda que fica mais bonita a cada dia.
"Para mudar o mundo, antes é preciso mudar a forma de nascer"
Michel Odent
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